Comemorou-se na passada segunda-feira, 22 de abril, o Dia Internacional da Terra. A questão neste momento é: Temos tempo para festejar esta data ou é urgente adotarmos e implementarmos medidas de preservação do Planeta?
Há muitos ambientalistas que afirmam, perentoriamente, que a mudança tem que ser já e radical, ou estaremos a pôr em causa as gerações vindouras, num futuro muito próximo!
Um pouco de História
O Dia Internacional da Terra foi reconhecido pela ONU em 2009. No entanto, esta preocupação com o ambiente iniciou-se há 50 anos. Foi, precisamente, em 1969, depois de ocorrido um derrame de petróleo no estado da Califórnia, que o senador americano Gaylord Nelson começou a pensar integrar, na agenda política nacional, questões climáticas. Decerto, esta não foi tarefa nada fácil, pois os interesses económicos sobrepunham-se, em larga escala, às preocupações ambientais. Ainda assim, em todo o mundo começavam a brotar movimentos ambientalistas.
Selecionou-se, então, o dia 22 de abril de 1970 para ser considerado o primeiro Dia Internacional da Terra. Neste dia, várias foram as iniciativas para festejar a Terra e alertar para a destruição ambiental que estava a decorrer. Também neste dia, vinte milhões de americanos saíram à rua com o intuito de mostrar a necessidade de termos água limpa e ar respirável, em todo o mundo. Consequentemente, impunham a necessidade de adotar medidas para preservar o Planeta.
Situação atual
A situação que agora enfrentamos não é animadora, apesar de todas as iniciativas levadas a cabo ao longo destas cinco décadas.
Com efeito, desde 1970, as emissões globais aumentaram cerca de 90%. Estamos a falar de meio século de lutas, protestos, leis, relatórios, tratados, acordos, onde todos os países eram chamados a intervir, que se revelaram, manifestamente, insuficientes!
Analogamente, tem-se conhecimento de que 40% dos animais marinhos do Planeta Azul têm desaparecido desde esse ano. Estamos a falar da maior taxa de extinção desde que desapareceram os dinossauros.
A poluição e o uso indiscriminado de pesticidas, o abandono de resíduos (nomeadamente, dos plásticos), as alterações climáticas, a caça furtiva, o desflorestamento, as perdas de habitat, são causas para esta diminuição assustadora do número de animais.
Em síntese, as atividades antropogénicas, desde 1970, têm conduzido à redução da biodiversidade, em 90%, e são responsáveis por quase metade das emissões de dióxido de carbono. Acresce a estes factos, que extração dos recursos naturais do nosso Planeta triplicou. Isto representa outro grave problema, visto os mesmos não se conseguirem renovar ao ritmo com que são extraídos.
Infelizmente, o rumo tomado para “limpar” o Planeta não tem sido revelador de grandes resultados. E, ou mudamos rapidamente de sentido, ou chegaremos a uma situação irreversível, daqui a cerca de 12 anos.
Não esqueçamos que a obrigação de preservarmos a Terra não é apenas das grandes empresas, entidades ou governos. Em boa verdade, todos somos responsáveis por reduzir a pegada ecológica. Com ações individuais, como por exemplo, separar os resíduos sólidos ou poupar água, faremos, com certeza, toda a diferença.
Artigo muito pertinente. É realmente um assunto com o qual nos devemos preocupar e, se não houver mudanças de atitudes, podemos mesmo colocar em risco as gerações futuras. Obrigada pela sensibilização.
Excelente artigo. Ótimo para debatermos com os alunos e as sugestões dos vídeos e do documentario são um recurso espetacular para explorarmos com os alunos. Vou usar! Parabéns ao blog.
Muito bem. Sensibilizar para um problema que exige rápida resolução. É necessária a mudança de mentalidades e atitudes de muitas pessoas. parabéns ??
Assunto muito atual e preocupante! As pessoas têm que se consciencializar que todos temos que contribuir para minorar a pegada ecológica. Parabéns pela sensibilização