“Aqueles que contam as histórias governam as sociedades”. Esta é uma frase atribuída, por muitos, a Platão, mas que, em muitos lugares do mundo, já se considera um provérbio, devido à sabedoria popular que lhe está implícita.
Uma história bem contada pode ajudar-nos a fazer qualquer pessoa ver as coisas de uma perspetiva completamente nova. Com uma boa história, conseguimos criar novas relações e fortalecer as já existentes. Podemos, também, inspirar um movimento e fazer com que as pessoas se importem com assuntos que, provavelmente, nunca tinham pensado.
É cada vez mais evidente o poder que o storytelling pode ter, nomeadamente enquanto ferramenta de persuasão em profissões ligadas à política e à publicidade. Contudo, uma boa narrativa pode ter um impacto positivo até nas situações mais comuns do dia a dia.
Por isso, não existem grandes dúvidas: o desenvolvimento da escrita e da narrativa deve ser estimulado nos alunos desde cedo. Mas, se os jovens estão cada vez mais afastados dos livros, como podemos captar-lhes a atenção?
O poder dos jogos digitais
Tomando partido das ferramentas digitais, alguns professores já começaram a aproveitar o jogo para transformar os seus alunos em autênticos contadores de histórias.
Como conta o professor Philip Bird ao site Edutopia, através de jogos como o World of Warcraft, o Minecraft e o Dungeons and Dragons, é possível introduzir a maioria dos conceitos que normalmente se ensinam acerca do romance e da narrativa. “Introduzindo estes conceitos dentro de um jogo, em vez de através de aulas mais tradicionais, trazemos a noção de jogo para as aulas. Começamos a envolver os alunos.”
A estrutura de um jogo é familiar à maioria dos alunos. Assim, será muito mais fácil para eles começarem a criar uma narrativa baseando-se nas várias etapas de um jogo. Conseguem descrever as personagens, os cenários, os conflitos e todos os diálogos de forma mais simples e com maior precisão.
Não se esqueça! Com uma boa capacidade de escrita e de storytelling, os seus alunos serão capazes de escrever melhor a sua própria história.