Introduzir os conceitos de átomo, molécula e ião não é tarefa fácil. Por outro lado, distinguir substâncias elementares de substâncias compostas também exige imaginação.
O grande objetivo é que os alunos compreendam estas noções, o que nem sempre é simples, atendendo ao facto de que estamos a falar de algo no abstrato, que eles não visualizam, ao nível microscópico.
Por isso, utiliza-se muitas vezes recursos como os Modelos Atómicos e Moleculares para facilitar a aquisição destes conhecimentos.
História da Ciência
Desde sempre o Homem se questionou sobre a constituição da matéria. Ou seja, como é constituído tudo aquilo que está ao nosso redor? A saber, já há 2500 anos os filósofos gregos se perguntavam sobre a constituição da matéria e sobre a sua divisibilidade.
Assim, sabe-se que Demócrito afirmou que toda a matéria seria composta por partículas indivisíveis de dimensões muito reduzidas. De acordo com este filósofo qualquer material poderia ser dividido em porções cada vez menores. No entanto, esta divisão teria um limite, ou seja, teria que existir um corpúsculo indivisível submicroscópico.
Teoria Cinético-Corpuscular
É a teoria sobre a constituição da matéria atualmente aceite pela comunidade científica.
De acordo com esta teoria, toda a matéria é constituída por pequenos corpúsculos, que estão em constante movimento, entre os quais há espaços vazios.
Unidades estruturais da matéria
As substâncias com as quais lidamos são diferentes. Isto porque as partículas que as compõem também o são!
Portanto, as unidades estruturais da matéria são diferentes, originando a enorme variedade de materiais que conhecemos.
A saber, há substâncias que têm como unidades estruturais os átomos, outras as moléculas e outras os iões.
Como as dimensões dos átomos e das moléculas são muito reduzidas, os nossos olhos não têm a capacidade de os visualizar. Portanto, torna-se indispensável, para compreender estes conceitos, o recurso a Modelos para os representar e facilitar a aprendizagem.
Podemos designá-los por Modelos Atómicos e Moleculares, sendo compostos por esferas de cor e tamanhos diferentes que pretendem reproduzir átomos variados. Por sua vez, grupos destas esferas permitem representar moléculas.
Brevemente faremos a distinção entre substâncias elementares e compostas e ilustraremos a utilização dos Modelos como sendo um auxílio para facilitar os processos de ensino e aprendizagem.
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Gostei muito de ler. Esclarecedor e um assunto interessante.
Gostei imenso de ler (aliás, todos os artigos do ABC da Educação são um prazer). Como investigadora mais crescida, lembro-me ainda bastante bem do quão importante foram os modelos atómicos e moleculares em todas as etapas da minha formação. Quem não os lembra nas salas de aula desde o secundário à faculdade? Continuam a ser ainda importantíssimos na formação a nível de todos os ciclos de ensino – como indicado, é difícil de se conseguir compreender aquilo que não se vê e estratégias práticas (como o são os modelos) desempenham um papel de relevância. Obrigada pelo artigo e antecipo o proximo! Com uma jovem a dar entrada no 9o ano tenho considerado o vosso blog particularmente relevante. Obrigada!
Artigo extremamente interessante e útil sobretudo para o ensino das crianças que ainda se encontram no Período das Operações Concretas (desenvolvimento cognitivo segundo Piaget). O recurso a materiais observáveis e “palpáveis” contribui indubitavelmente para a compreensão de matérias mais complexas. Mais uma vez parabéns.
Artigo extremamente bem conseguido. De uma forma simples permite compreender um tema de relevada importância.