Crianças com Disfunção de Integração Sensorial

Em condições definidas como normais, as crianças nascem com todos os seus sistemas sensoriais a funcionar, embora ainda não na sua plenitude. Ao utilizarem as suas competências sensoriais, as crianças entendem e sentem o mundo que as rodeia.

A estimulação sensorial é o processo que permite ao cérebro organizar as informações sensoriais, do ambiente e do corpo, transformando-as em perceção. Deste modo, será possível dar uma resposta comportamental adaptativa adequada. A capacidade de processamento sensorial de cada criança é determinante para o seu comportamento, para a sua interação social e para o seu desempenho.

Quando esta capacidade está afetada podemos estar na presença de uma disfunção de integração sensorial, que pode afetar negativamente o desempenho da criança.

Nas crianças com esta disfunção, o seu cérebro apresenta dificuldade em se organizar e trabalhar como um todo. Ou seja, o cérebro destas crianças não consegue dar uma resposta aos estímulos ambientais. Nestes casos, estas crianças necessitam de terapia adequada e não apenas de estimulação sensorial.

Terapia de integração sensorial

As crianças com autismo e as crianças com paralisia cerebral, por exemplo, apresentam uma sensibilidade a determinados estímulos sensoriais, podendo ser explicada pela presença da disfunção de integração sensorial.

A terapia de integração sensorial é recomendada para crianças com esta problemática. Por um lado, pode ajudá-las a processar e a trabalhar os sistemas sensoriais como um todo. E, por outro lado, a encontrar respostas adequadas às suas dificuldades, para que possam ter um desempenho mais efetivo.

Na verdade, a terapia de integração sensorial trata-se de um modelo de tratamento que envolve a estimulação sensorial, tendo em conta as necessidades neurológicas de cada criança. O objetivo é oferecer estímulos sensoriais que permitam que a criança integre as sensações recebidas, melhorando, deste modo, a capacidade do cérebro processar e organizar essas mesmas sensações.

É fundamental, principalmente para crianças com paralisia cerebral, o contacto com alguns recursos, que irão permitir que experimente diferentes estímulos e identifique, o mais adequadamente possível, as suas capacidades motoras.

Bolas sensoriais – Um recurso terapêutico

A terapia de integração sensorial ajuda as crianças a desenvolverem as suas capacidades de resposta ao ambiente que as rodeia, de forma organizada e funcional. Para este tipo de intervenção, podemos encontrar diversos materiais sensoriais que irão permitir a estimulação dos sentidos, como por exemplo, as bolas sensoriais. Para além de estimularem os sentidos, facilitam também o processo de aprendizagem de cada criança, nomeadamente em termos de movimentos, equilíbrio e na relação que estabelece com os objetos, pessoas e ambiente à sua volta.

Através de atividades lúdicas e significativas, com uma abordagem terapêutica efetiva e adequada, as crianças poderão ultrapassar algumas das suas dificuldades.

As bolas sensoriais, por exemplo, desafiam a capacidade das crianças para responderem de forma apropriada e organizada às sensações recebidas. Para além de ajudarem a melhorar a integração dos estímulos sensoriais, irão permitir que as crianças desenvolvam a coordenação motora, a concentração e a perceção visual e tátil.

No entanto, também são adequadas para outros contextos de utilização, nomeadamente, no fortalecimento muscular, nas aulas de pilates e yoga, nas aulas de relaxamento, massagens, além de estimularem a circulação sanguínea e o relaxamento muscular.


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