Já tivemos a oportunidade de abordar o tema da tecnologia na sala de aula aqui no blog algumas vezes. Mas, desta vez, iremos falar de um conceito muito particular, que cada vez mais é debatido na comunidade escolar: Educação 4.0.
A noção de Educação 4.0 surge como um efeito da quarta revolução industrial pela qual estamos a atravessar. Como é de conhecimento comum, a inteligência artificial, a robótica e a internet tiveram um impacto significativo nos empregos e na indústria. Alguns estudos chegam a sugerir que 65% das crianças que entraram este ano para a escola vão ter um emprego no futuro que, até hoje, ainda nem sequer foi inventado.
Naturalmente, este impacto também se faz – e deve fazer-se – sentir na educação. O mercado de trabalho para o qual as crianças irão entrar pode parecer inimaginável para nós. Contudo, conseguimos prever com alguma clareza que, no futuro, as tarefas exigirão que os humanos e a tecnologia funcionem em completa harmonia.
Portanto, a Educação 4.0 tem dois papéis claros: preparar os alunos para um futuro tecnológico e apoiar os professores no sentido de facilitarem este tipo de aprendizagem numa sala de aula.
De seguida, damos algumas dicas que mostram como a Educação 4.0 pode ser um recurso prático na aprendizagem atual.
Tudo pode ser inventado
A Geração Z espera, com alguma legitimidade, que as ferramentas tecnológicas façam parte da sua aprendizagem no dia-a-dia. Mas, se há alguns anos se pensava que a tecnologia na sala de aula se baseava apenas na substituição de um quadro de giz por um quadro tecnológico, hoje a situação é bem diferente.
As ferramentas online que estão à disposição dos professores, por exemplo através das comunidades dos professores que utilizam monitores interativos nas suas aulas, facilitam a disseminação do material que pode ser utilizado. Por consequência, a criatividade e a partilha de informação cresce, contribuindo para aulas STEAM sempre diferentes!
Ensino personalizado
As ferramentas tecnológicas têm facilitado o ensino personalizado. Através dos monitores interativos, por exemplo, é possível criar telas divididas e adaptá-las a velocidades de ensino diferentes. Assim, os alunos com maior facilidade, irão poder progredir na matéria. Por seu turno, os restantes terão mais tempo para amadurecer os conceitos.
Salas de aula com um design diferente
A tecnologia veio, de igual modo, alterar a forma como vemos os espaços de aprendizagem. As salas de aula tradicionais, com mesas direcionadas para o professor, já estão a ser substituídas por espaços mais flexíveis. A ideia, aqui, é também que o aluno tenha a oportunidade de se movimentar com maior liberdade. Ao permitirmos que os alunos aprendam em espaços como estes, incentivamos um ensino mais direcionado às necessidades de cada aluno.