A beleza das bolas de sabão

Ai, as bolas de sabão. São uma perdição para os mais pequenos que tanto apreciam fazê-las, correr atrás delas quando flutuam pelo ar e rebentá-las.

Até os grandes pintores não ficaram indiferentes à grande beleza das bolas de sabão. De facto, Mignard (1674, Château de Versailles) e Manet (1867, Museu Gulbenkian) chegaram mesmo a representá-las em quadros famosos.

Também é certo que as bolas de sabão têm servido para cativar muitas crianças e jovens para a Ciência.

A ciência por detrás das bolas de sabão

As bolas de sabão são feitas de filmes transparentes. Estes filmes verificam-se ainda em variados fenómenos do quotidiano onde estão presentes espumas aquosas, dos champôs, detergentes…

Estas esferas ocas formam-se com soluções aquosas de um agente tensioativo. Um exemplo de um agente tensioativo é o sabão, que é constituído por uma mistura de sais de ácidos gordos (como o estearato de sódio).

Agentes tensioativos

Os agentes tensioativos são moléculas com duas partes diferentes. Uma parte polar (iónica ou não – hidrofílica) e uma outra apolar (uma cadeia alifática – hidrofóbica).

Portanto, o contacto da parte apolar com a água é termodinamicamente desfavorável, pelo que se verifica fobia, ficando isolada do contacto com a água.

Características das bolas de sabão

A existência de monocamadas superficiais permite às bolas de sabão uma relativa estabilidade. Assim, estas são constituídas por um filme aquoso, essencialmente uma fina camada de água (e tensioativo) delimitada por duas monocamadas superficiais de tensioativo.

Enquanto que, no início, o filme tem uma espessura razoável, o que faz com que as bolas de sabão não rebentem imediatamente, à medida que o tempo passa, esta espessura vai diminuindo. E, diminui muito rapidamente, por exemplo, devido à evaporação.

Quando o filme está exposto verticamente, consegue-se observer bonitas faixas coloridas. Estas são devidas ao fenómeno da reflexão da luz. Todavia, à medida que decorre o tempo, a parte de cima vai perdendo cor e começa a parecer mais negra. Na verdade é transparente, tendo uma espessura muito reduzida. No momento em que esta zona negra ocupe grande parte do filme, a bola está na iminência de estourar.

Pode-se adicionar glicerol (vulgar glicerina) à solução do agente tensioativo para tornar as bolas de sabão mais resistentes e duradouras, retardando-se, desta forma, a evaporação.

A título de curiosidade, Jean Perrin, na obra clássica Les Atomes, descreve estes filmes negros, que já tinham sido anteriormente estudados por Hooke e Newton.

 

Como fazer bolas de sabão?

 

 

Este kit – Laboratório de Bolas de Sabão – é espetacular para fazer diversos tipos de bolas de sabão. Possui uma máquina própria de bolas de sabão, que podem ser pequenas ou gigantes e até mesmo perfumadas e vão, com certeza, fazer as delícias dos mais pequenos.


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Um comentário em “A beleza das bolas de sabão

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