O Natal e os seus cheiros (II)

Passada a data natalícia, mas continuando na vertente dos aromas, interessa percebermos agora outros cheiros também de Natal. Os cheiros próprios das nossas fogueiras! Estas aquecem o ambiente e o nosso coração.

O “aconchego” das lareiras

As fogueiras que fazemos nas nossas lareiras tanto conforto térmico nos proporcionam. Parece-nos mesmo que nos fazem companhia e nos sentimos melhor com a lareira acesa.

Para além deste sentimento de bem-estar, importa, também, entender de onde vem o cheiro da madeira quando queimada…

Com efeito, o fumo tem na sua constituição vários componentes químicos, gases e partículas sólidas. É certo que os cheiros vão variando consoante o tipo de lenha que usamos.

Compostos químicos

Damos especial importância a dois compostos químicos, responsáveis pelos aromas característicos: a lenhina e a glicose.

A lenhina é um polímero. Como faz parte do tecido das plantas, durante a reação química de combustão, origina o siringol. A saber, aquele cheiro a fumo é da responsabilidade do siringol.

Também se obtém o gaiacol, uma outra substância resultante da decomposição da lenhina, sendo um dos seus derivados a vanilina. Inegavelmente, com a lareira a funcionar, todos sentimos um aroma a baunilha, que é resultante, precisamente, da vanilina. Resta acrescentar que a vanilina aparece na madeira dos pinheiros em maior concentração, comparativamente com outras árvores.

Além disto, a glicose, um açúcar, é um dos principais constituintes da madeira. Assim, quando ocorre a sua decomposição origina-se um composto de nome levoglucosano, que é o responsável pelo cheiro a caramelo.


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