3 dicas para afastar a ansiedade dos alunos nas apresentações

Todos se lembram das primeiras apresentações de trabalhos na escola. São momentos de grande exposição, numa idade em que estamos inseguros e com um grande receio de falhar, principalmente perante os colegas.

Por isso, para muitos, as lembranças não muito boas: noites mal dormidas, apresentações repetidas inúmeras vezes ao espelho, nervosismo, ansiedade. Muitos adultos guardam estes momentos na memória como traumas, o que, sem dúvida, não é saudável.

Pode ser difícil para qualquer adulto falar perante uma plateia, mas é ainda mais difícil para um jovem. Porquê? Porque, geralmente, têm de o fazer à frente daqueles cujas opiniões eles mais valorizam: os colegas.

Os jovens têm tendência para sobrestimar a perceção social dos colegas sobre eles próprios e tendem, também, a interpretar mal o feedback que recebem.  Mas nós, professores e pais, podemos adotar algumas estratégias para os ajudar a contrariar estas inseguranças.

Reduzir a pressão

Errar é normal. E é importante que as crianças e os jovens o percebam. Portanto, devemos normalizar o erro. Os professores podem, por exemplo, designar um momento semanal para todos partilham os seus últimos “erros produtivos”. Isto é, para os alunos contarem um erro que tenham cometido recentemente e mostrarem o que aprenderam com esse erro.

É importante, também, saudar e elogiar sempre que um aluno tenta responder a uma pergunta, mesmo que a resposta seja errada. Deste modo, estamos a valorizar a coragem e a iniciativa.

Em trabalhos de grupo, devemos atribuir notas a cada componente do trabalho. Ou seja, exemplificando, atribuindo uma nota à cooperação entre colegas, ao esboço e ao trabalho final. A ideia é colocar mais ênfase no processo do que no produto. Se se tratar apenas da nota final, corremos o risco que as crianças concluam que são, simplesmente, más a matemática, por exemplo. Não queremos isso.

Destacar as capacidades

Para promovermos as aptidões de liderança e de discurso nos alunos, devemos dar-lhes voz. Ou seja, devemos envolvê-los nas escolhas de questões como as paragens para ir à casa de banho ou a disposição da sala de aula. Quando envolvidos nestas questões, que normalmente lhes são impostas, os alunos mostram mais autonomia e orgulho em si próprios.

Além disso, devemos falar com os adolescentes como se fossem mais velhos. Assim, passamos-lhes a mensagem de que confiamos na sua capacidade para resolução de problemas e autorregulação. Podemos abordar temas mais complexos, de interesse político, pedir-lhes ajuda para resolver problemas, entre outros.

Incentivar pequenas exposições

Diversos estudos mostram que devemos ser expostos às fobias para as conseguirmos ultrapassar. Por exemplo, se um aluno tende a ter as chamadas “brancas” e bloquear durante os testes, o professor pode tentar traçar objetivos progressivos: primeiro, a criança pode tentar fazer o teste na mesma sala, mas voltada de costas para os colegas, diminuindo a pressão.


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